ENTRE DOIS TEMPOS
terça-feira, 9 de outubro de 2012
DOCE VÍCIO
É no afã de traduzir em palavras,
sonhos, desejos, frustrações,
que a mão se apossa da caneta,
já viciada e desliza,
seja no verso de um papel timbrado ou
qualquer rascunho improvisado,
ali fica impressa o tom da tinta
criada no reflexo imaginário do arco-íris.
Já foi,
o alívio se sustenta pela lágrima não evitada,
e tudo é empurrado de lado para não manchar
o papel,
nem expandir a sensibilidade
que poderá ser mal compreendida
nesta forma de poetar.
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